Encantos (extra)ordinários por Amilton de Azevedo

crítica de Circomuns, do Circo Teatro Palombar. o ruína acesa faz parte do projeto arquipélago de fomento à crítica, com apoio da Corpo Rastreado.
“Palombar é o ato de costurar coletivamente a lona do circo. Diversas mãos que se juntam para tecer o sonho da costura e colocar o circo de pé. Depois, por meio do espetáculo, fazem outras pessoas sonharem.” (Adailtom Alves, Circo Teatro Palombar: somos periferia, potência criativa!)

Costurando o fazer coletivo por Bob Sousa

A publicação “Circo Teatro Palombar: Somos Periferia; Potência Criativa!” de Adailtom Alves, de mãos dadas com o coletivo, surge como potência literária e histórica que documenta e celebra a trajetória inspiradora do Circo Teatro Palombar, a primeira companhia circense da Zona Leste de São Paulo a realizar uma viagem internacional difundindo a sua arte e trajetória que valoriza o trabalho cooperativo e a pesquisa continuada em múltiplas linguagens, tendo como característica a criação de poéticas periféricas peculiares. O livro-espetáculo, escrito com um olhar atento e sensível do pesquisador, costura informações históricas e relatos vividos, oferecendo uma narrativa envolvente sobre o nascimento e crescimento de um coletivo que transformou obstáculos em conquistas. 

Foto Ricardo Avellar

CircomUns – O Extraordinário da vida cotidiana por Rafael Barros

As câmeras abrem e vemos um cenário cheio de tiras coloridas, suspensas por armações de ferro, já nos apresentam a ludicidade da arte e as construções da metrópole em diálogo. Uma guitarra distorcida que faz base para um rap, abrem os caminhos para os artistas que pisarão no palco em breve. Eles cantam: “eu sou artista, meu sangue é periferia.” Não a toa, o Palombar nos conta, na primeira cena, que são (e tem orgulho de serem) da Cidade Tiradentes, extremo Leste de São Paulo.

Crítica – Karaokê Palombar por Rafael Barros

Entramos em um boteco com aquelas máquinas que tocam músicas que são escolhidas depois de alguma moeda ser colocada nela. As cores e os elementos remetem, não aos lugares que perceberam que o Karaoke era algo rentável para os estabelecimentos, mas sim onde a cantoria coletiva chegou primeiro do que a própria máquina. Estamos em um local de convivência, onde, possivelmente, as pessoas cantavam juntas antes mesmo do próprio Karaoke chegar.